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Bio

O início

Desde pequeno tive contato com instrumentos musicais. Na minha casa havia um violão e na casa da minha avó, um piano.

Enquanto criança cheguei a tentar estudar piano com a Dona Ivany (na Penha), mas não sobrevivi às aulas de solfejo. Morria de vergonha de ficar falando dóóóóóó enquanto dava tapinhas na mão, no piano e na boca... ninguém merece!!!!

Depois de algum tempo, arrisquei umas aulas de violão com a Dona Cecília, que tocava na igreja... adivinha se deu certo?

Mas enquanto fazia lição de casa, ficava observando as bandas que se apresentavam no programa da Xuxa...

Em todas as bandas um instrumento me chamava a atenção, pois não o conhecia e nem sabia que som produzia. (... não é esse do Dengue!)

Um belo dia ocorreu um show próximo à minha casa, era a inauguração de uma papelaria(!). E lá estava o tal instrumento. Descobri que era o "baixo" e que tinha um som vibrante. Adorei!

Isso foi em 1986. No dia seguinte, na escola, antes de começar a aula, meu amigo Vladney disse: "Eu toco guitarra, vamos montar uma banda?". Era a melhor proposta que poderia ser feita naquele momento. Respondi: "E eu toco baixo. Vamos!".

Começamos os ensaios na casa do Vladney: ele com um violão desafinadíssimo e eu com o meu velho violão com 'uma corda sim, uma corda não' para ficar parecendo com um baixo. A gente não sabia tocar, afinar, cantar, compor... nada... mas era uma curtição!

Certo dia fui ao Mappin e 'experimentei' pela primeira vez tocar em um baixo, era um Tonante... e mesmo assim, quando senti a vibração do instrumento, me apaixonei de vez!


Mappin

Alguns meses depois ganhei do meu avô meu primeiro Giannini e dos meus pais meu primeiro Meteoro.

 

Quer tocar? Então aprende!

A banda (eu e o Vladney) foi crescendo: entraram o Juliano - baterista tão experiente quanto nós - e o Reneé, que já estudava guitarra e cada vez tocava melhor.


Juliano e Vladney

O Reneé um dia me disse: "Que tal você estudar lá no Grupo AMA, onde estou estudando, o meu professor toca na mesma banda do professor de baixo. Daí você poderia pegar as mesmas músicas que eu prá gente tocar juntos". Topei. Minha primeira aula foi dia 9 de maio de 1987 e já aprendi "Good Times" do Chic.

Meu primeiro e melhor professor foi o "Chico". Foram 3 meses no Grupo AMA e mais uns dois anos na Improviso (das irmãs Helena e Koxó), a melhor escola de músicos que já existiu. Quem viveu a experiência de estudar ali sabe o que estou dizendo: além das aulas de instrumento, haviam aulas de percepção musical, coral, expressão corporal, jams e muita convivência gostosa.


Chico e Helena

Depois disso, estudei algum tempo com o Sherlock Gomes, com quem aprendi novas escalas e técnias, e com o Celso Pixinga, com quem aperfeiçoei minha pegada.

Sherlock Gomes
Celso Pixinga

Fast as a Turtle - Alê Croti e Sherlock Gomes
 

Hora de ensinar um pouco

Por volta de 1989 comecei a dar aulas de baixo no Conservatório Musical João Paulo II, na Penha. Foi uma experiência muito bacana. Fiquei por lá uns 3 anos, onde conheci o Chicão (Francesco Gifoli), baterista de uma das bandas da região que mais gostava: o INRI.


Francesco Gifoli

Chega de ensaiar e vamos tocar!!!

Com o Vladney foram milhares de ensaios. Acho que a gente nunca fez nenhuma apresentação.

Minha primeira apresentação foi memorável: fui dar uma canja com o Mauricio no bar "Charminho". Minha avó é que foi me buscar no final... hehehehe.


Mauricio Reis

Depois disso vieram muitas experiências, confira em GIGS.

Atualmente continuo morando na cidade de São Paulo, fazendo shows e gravações com diversas bandas e amigos músicos.

 

Inspiração

Eu não tenho um baixista 'ídolo', mas admiro alguns bons músicos que me inspiram:

Baixistas

    • Luizão Maia - tem uma pegada inconfundível e um bom-gosto impressionante.
    • André Vasconcellos - ótimo groove, bom-gosto e versatilidade.
    • Liminha - a maioria dos grooves da música nacional que fizeram minha cabeça são dele.
    • Arthur Maia - adoro sua musicalidade.
    • Hamilton Pinheiro - tem uma sonoridade muito agradável e que criatividade!
    • Nico Assumpção - como esse cara conseguia ser tão fluente?
    • Ney Conceição - um exemplo: sola muito bem e respeita a música na hora da levada.
    • Christian McBride - que pegada!!!
    • Alan Gorrie - ótimos grooves - play the funk music, white boy!

Outros músicos

    • Billy Cobham - ouça "Slow Body Poppin'" e entenda porque adoro o velho Billy.
    • Dave Valentin - Suas melodias são ótimas.
    • Bireli Lagrene - bom-gosto e musicalidade cigana.
    • Sérgio Reis - como músico, tenho um sério problema de ouvir as letras das músicas (presto muita atenção nas melodias); poucos cantores conseguem me tocar como o Sergião - quando ele canta vejo um filme do que ele diz.
    • Lenine - não me canso de ouvir; música de ótima qualidade, com criatividade.
    • Luciana Mello - voz abençoada maravilhosa e cheia de groove.
    • Luciano Magno - ótimo músico, muito fluente em seus solos.
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